7 de fevereiro de 2009

A Nova Visão da Estética Corporal


Diagnóstico Diferencial
Antes de iniciarmos qualquer tratamento é preciso conhecer bem a nossa cliente. Isso é feito através da ficha de anamnese. Essa ficha deve ser a mais completa possível, pois dessa forma ela vai nos fornecer informações importantes sobre a cliente.Depois precisamos avaliá-la, e identificar o que ela realmente apresenta: O diagnóstico diferencial é imprescindível. Será que o que para ela é “celulite”, é apenas uma infiltração, isto é, acúmulo de líquidos no tecido adiposo? E nesse caso a Drenagem Linfática melhorará consideravelmente esse quadro. Mais do que nunca a avaliação é de suma importância para diagnosticarmos o quadro que ela apresenta.Existem várias patologias estéticas que se coexistem e confundem.
Muito freqüentemente a hipotonia cutânea é chamada pelos leigos ou até por profissionais desatentos de celulite. Antes de tratarmos o tema vamos tentar especificar o que o senso comum entende por celulite e porque a hipotonia cutânea é considerada uma manifestação dela. Tecnicamente podemos descrever seis patologias que costumam ser indiscriminadamente chamada de celulite:
•Edema
•Lipodistrofia
•Fibro edema gelóide subcutâneo
•Hipotonia muscular
•Fibrose
•Hipotonia cutânea
Edema
Retenção hídrica de diversas etiologias. Pode ser provocada por problemas renais, intoxicação medicamentosa, alterações hormonais, stress, uso inadequado de vestuário pressionando gânglios linfáticos (calça jeans apertadas) e etc. Normalmente apresenta-se agravada em membros inferiores. O edema de origem não traumática é uma patologia específica do ser humano. O edema também pode ser de origem metabólica patológica por insuficiência renal. Quando o indivíduo acorda constantemente com mãos e pés edemaciados é aconselhável, antes de tudo, a avaliação de um nefrologista para afastar a possibilidade de uma patologia renal ou para tratá-la.
O que nos deparamos normalmente são com os edemas posturais, hormonais e carenciais (desnutrição). Todos eles diminuem com drenagem linfática, mas se a causa não for corrigida a reincidiva é quase que imediata. Quando o tecido está edemaciado ele apresenta uma aparência estufada e irregular que pode ser confundida com celulite. O tratamento estético para o edema consiste basicamente em drenagem linfática manual eletrônica ou pressoterápica. Outro recurso interessante é o uso da vacuoterapia (modo pulsado).
Lipodistrofia

Desenvolvimento irregular do tecido conjuntivo adiposo subcutâneo ou gordura localizada.Pode ser genética, produzida por alterações posturais ou circulatórias. Na lipodistrofia, os adipócitos apresentam-se aumentados com uma quantidade de triglicerídeos maior que outras regiões; porém não existem sinais de esclerose ou fibrose. O metabolismo local pode apresentar-se lento mas sem maiores transtornos.
A diferença fundamental entre a lipodistrofia e a celulite é que a primeira pode apresentar um metabolismo mais baixo, mas não apresenta alterações metabólicas patológicas como na celulite. Como o tecido adiposo é tecido conjuntivo frouxo, quando aumentado, apresenta irregularidade e uma aparência ondulada por isso é confundida com a celulite. A lipodistrofia pode vir acompanhada de transtornos posturais e localizar-se sobre uma musculatura atrofiada; ou sobre algum órgão com algum tipo de disfunção; ou até sobre veias perfurantes congestionadas.
Há também a pré disposição genética que deve ser levada em conta, observando-se se realmente é genético ou se a pessoa herdou a mesma causa da lipodistrofia. Um exemplo típico de lipodistrofia é o culote que muito freqüentemente é tratado como celulite e tem sua origem na alteração postural que expõe a articulação coxafemural por uma hiperextensão e rotação dos joelhos. A lipodistrofia, neste caso, funciona como uma “almofada” para proteger esta articulação.A região lipodistrófica tem um metabolismo mais lento ou por falta de contração muscular regular, ou por congestão circulatória, mas não apresenta alterações metabólicas graves como polimerização dos mucopolissacarídeos, fibroses, destruição de tecido vascular e compressão de enervação como ocorre na celulite.
Para se combater adequadamente uma lipodistrofia é necessário corrigir a causa através de técnicas fisioterápicas (caso tenha origem postural) ou tratamentos médicos adequados às disfunções orgânicas ou circulatórias. A lipodistrofia causada por problemas posturais pode regredir com tratamentos termolipolíticos, ultrassom, ionização de grandes superfícies, estimulação muscular e eletroforese. Podemos concluir, portanto que a diferença básica entre lipodistrofia e celulite é que a lipodistrofia é conseqüência de alguma patologia externa ao panículo adiposo e a celulite é uma patologia do próprio panículo adiposo. Quando a causa da lipodistrofia é tratada podemos estimular com técnicas estéticas a região lipodistrófica e teremos resultados satisfatórios. As reservas energéticas deste panículo adiposo podem ser liberadas, pois não estão fibrosadas nem com graves transtornos circulatórios como na celulite.
Fibro edema gelóide subcutâneo ou Paniculopatia Edematofibroesclerótica
Essa é a verdadeira patologia que pode ser chamada de celulite.Assim como a lipodistrofia o FEG ou PEFE também se apresenta no tecido adiposo subcutâneo, mas apresenta um metabolismo totalmente alterado. Esse tecido apresenta-se esclerosado (com pouca circulação) e fibrosado (com aumento de fibras colágenas). O aumento de adipócitos no FEG ou PEFE não é só acúmulo de triglicerídeos como também aumento hídrico. O líquido intersticial perde sua fluidez e torna-se viscoso pela polimerização dos mucopolissacarídeos. As trocas metabólicas ficam dificultadas pela espessura do líquido intersticial diminuindo a nutrição e oxigenação das células. O aumento dos adipócitos e a diminuição circulatória produzem uma congestão venosa destruindo tecido vascular, nervoso e linfático.
Como reação de defesa há formação de fibras colágenas fibrosando o tecido. Os grupamentos desses adipócitos dão origem aos nódulos celulíticos.As principais causas desses transtornos são: genética, hormonal, stress, nutricional, anticoncepcional, alimentação errada, roupas apertadas e fumo.O tratamento do FEG. ou PEFE é difícil mas essa patologia pode ser minimizada através de iontoforese de grande superfície, ultrassom, drenagem linfática, eletroporação, endermologia e massafilaxia.
Etapas de evolução da celulite:
Primeira Etapa
Caracteriza-se pela diminuição da microcirculação venosa e linfática, onde os vasos se dilatam e o sangue permanece alojado mais tempo que o habitual
Segunda Etapa
A estase venosa e a vasodilatação tornam a parede dos vasos venosos e linfáticos mais permeáveis, deixando sair um líquido rico em sódio e mucopolissacarídeos para o exterior. Esta etapa é chamada de “edema do tecido conjuntivo”.
Terceira Etapa
Devido à estase circulatória, ocorre uma transformação do líquido seroso em uma substância gelóide.Isto dificulta o intercâmbio de nutrientes entre os vasos e as células adiposas.
Quarta Etapa
Proliferação da substância fibrosa na derme e hipoderme e organização de fibrilas túrgidas. Formam-se redes que englobam células adiposas, vasos venosos, linfáticos e nervos, dificultando as trocas nutricionais.
Quinta Etapa
Caracteriza-se por fibrose e esclerose cicatricial que comprimem células, vasos linfáticos e nervos. São formados micro e macro-nódulos, formando ondulações (casca de laranja).
Tipos de celulite
Celulite dura, sólida ou compacta
•Local: porção inferior do corpo;
•Granulosa ao tato. Massa dura e localizada;
•Não se altera com a movimentação postural;
•Pouca ou nenhuma mobilidade;
•Sensação dolorosa e microvarizes;
•Sensação de frio nas extremidades.
Celulite branda ou flácida
•Local: pelve, coxas e braços;
•Surge após emagrecimento rápido, uso de diuréticos, procedimentos mal realizados como: lipoaspiração e mesoterapia;
•Mobilidade nas mudanças posturais;
•Atrofia muscular, microvarizes, pele fria, seca e rugosa.
Celulite edematosa


•Local: membros inferiores;
•Obstrução tissular a nível das articulações;
•Insuficiência circulatória e linfática MIS;
•Edema, varizes peso, prurido, câimbras;
•Aspecto casca de laranja;
•Ausência de cacifo.
Hipotonia Muscular


O panículo adiposo tem por suporte a estrutura muscular. Quando a musculatura perde tonicidade o músculo perde espessura e aumenta o seu comprimento e o panículo adiposo ali fixado apresenta-se na superfície cutânea com ondulações.Estas ondulações diferem das ondulações provocadas pela hipotonia dérmica, pois se apresentam na forma de ptose. Para tracionar o tecido e fazer desaparecer essas ondulações, temos de tracionar camadas musculares do tecido. As causas mais freqüentes da hipotonia muscular são:
• Falta de atividade física
• Postura incorreta a)
a) A falta de atividade física regular faz com que a musculatura perca tônus e espessura, principalmente em idades mais avançadas;
b) A postura incorreta pode determinar hipotonia muscular localizada por sobrecarregar alguns grupos musculares e relaxar outros.
É muito freqüente observarmos mulheres com hipotonia glútea e hipertrofia de quadrícepes, pois caminham com o quadril avançado, transferindo seu equilíbrio para quadrícepes e musculatura lombar apresentando lordose acentuada. Normalmente essas mulheres não têm estabilidade de quadril e caminham “rebolando”. Este é um andar típico das modelos, por ser considerado sensual. Essa postura produz progressivamente uma hipotonia glútea podendo até fazer aparecer um falso culote. É chamado de falso culote, pois não se trata de uma lipodistrofia, que seria o culote verdadeiro. A musculatura glútea perde volume e fica com uma aparência disforme e irregular. Essa irregularidade produzida pela hipotonia muscular muitas vezes é confundida com celulite.
Fibrose e Aderências
São retrações da pele produzidas pelo aumento e endurecimento das fibras colágenas. As fibroses ocorrem na celulite em decorrência de um transtorno metabólico local como vimos anteriormente. Existem muitas outras causas para que as fibroses e aderências apareçam:
a) Traumatismos locais; quedas ou pancadas que cortam o tecido internamente, quando cicatrizado pode apresentar fibroses e aderências;
b) Reação inflamatória decorrente de injeções;
c) Uso inadequado de roupas íntimas com elásticos muito apertados, que produzem garrotes;
d) Contração involuntária constante da musculatura glútea.
Estas são as causas mais freqüentes de fibroses e aderências que não devem ser confundidas com celulite, pois não apresentam necessariamente nenhuma outra patologia associada. Quando confundidas com celulite é exatamente pelo aspecto almofadado que proporciona à superfície da pele. Atualmente para minimizar as fibroses temos um recurso bastante efetivo que são os novos aparelhos de sucção (endermologia / vacuoterapia) associados ao ultrassom que diminuem a resistência dessas fibras.
Hipotonia Dérmica


A hipotonia dérmica é uma paniculopatia muito distinta de celulite apesar de também apresentar irregularidades na superfície cutânea. Trata-se de uma alteração na trama de fibras colágenas que perdem a elasticidade e diminuem em quantidade. O tecido perde a resistência por fragilidade dérmica e pela perda de sustentação das fibras colágenas de toda estrutura do panículo adiposo. Sem uma sustentação adequada o panículo adiposo torna-se hipotônico e apresenta uma superfície irregular.
As principais causas da hipotonia dérmica são:
a) Alimentação;
b) Alterações hormonais;
c) Foto envelhecimento;
d) Hereditariedade.
• A alimentação é a causa mais freqüente de hipotonia dérmica é a mais fácil de ser resolvida, desde que a cliente passe a respeitar as normas internacionais de nutrição. A nutrição adequada exige uma alimentação balanceada, respeitando todos os itens necessários para a renovação e manutenção do organismo. Entretanto, um item que interage diretamente no tônus da pele é a quantidade de proteína ingerida. Se o consumo protéico for baixo, o organismo mandará quantidades insuficientes deste nutriente para composição de fibras colágenas da pele assim como também mandará menos aminoácidos para os anexos: cabelos e unhas. A tendência do nosso organismo é preservar tecidos nobres de forma prioritária.
• A principal alteração hormonal que pode desencadear hipotonia dérmica é o aumento de corticóides circulantes. O corticóide degrada fibra colágena e pode desencadear hipotonia e, em estágios mais avançados de desequilíbrio, chega a destruir fibras colágenas formando estrias. O exemplo mais clássico desta patologia é a Síndrome de Cushing que é uma disfunção de supra-renal que produz excesso de corticóide provocando hipotonia e estrias no corpo todo.O uso de corticoideterapia endógena ou tópica por período prolongado também pode desencadear hipotonia dérmica local ou generalizada.
O foto-envelhecimento também produz hipotonia dérmica pelos danos causados às fibras colágenas pelo excesso de exposição aos raios ultravioletas. Quando o sol é fator desencadeante de hipotonia esta patologia apresenta-se localizada nas regiões expostas, contrastando nitidamente com as regiões que normalmente ficam cobertas.
• O tônus da pele também varia de acordo com a etiologia da pessoa. Quando avaliamos a tonicidade de pele de alguém temos que levar em consideração a influência genética. Portanto hipotonia dérmica não só é diferente da celulite como podemos considerá-las patologias opostas, pois enquanto temos na celulite excesso de fibroses na hipotonia dérmica temos fibras colágenas menos resistentes. A confusão de diagnóstico entre estas duas patologias pode incorrer em tratamentos desastrosos.
Para diferenciar claramente estas duas patologias basta apalpar o tecido a procura de nódulos celulíticos e tracionar o tecido para verificar se ele produz ou não ondulações formadas por trações de fibroses. É muito freqüente a própria cliente fazer inconscientemente esse diagnóstico, ela traciona a pele e percebe que a pele fica lisinha e nos pergunta se é possível deixá-la desta maneira. Se se tratar de um tecido celulítico fibrosado, esta tração só tornará mais nítidas as irregularidades.
Recursos Eletroterápicos
Vamos agora listar os recursos eletroterápicos indispensáveis numa clínica de estética, para podermos montar programas de tratamentos que atendam a maioria das patologias apresentadas pelos nossos clientes:
• Drenagem Linfática;
• Iontoforese / Iontoforese de grande superfície;
• Eletroliporedução / Eletrolipólise;
• Termoliporedução / Termoterapia;
• Endermologia / Dermotonificação / Vacuoterapia;
• Ultrassom ( 3 MHZ e 5MHZ);
• Eletroestimulação (baixa freqüência - isometria) e Média freqüência - (corrente russa);
• Pressoterapia;
• Eletroporação.
O Porque de cada recurso
Drenagem Linfática
É função do sistema linfático drenar a maioria dos líquidos corporais, e também resíduos do metabolismo, não permitindo a formação de edemas. Quando a drenagem é deficiente há um congestionamento e conseqüente acúmulo de líquido. O sistema linfático auxilia o sistema venoso na remoção de produtos do metabolismo.
Objetivo: Ativa a circulação linfática drenando edemas e desintoxicando o organismo.
Iontoforese / Ionização
Ionizadores de grande superfície utilizados para a introdução de ativos iônicos. A Ionização ou Iontoforese é a utilização de corrente contínua e constante de baixa tensão e média intensidade chamada de corrente galvânica, cuja finalidade é introduzir íons com propriedades medicamentosas. A penetração é realizada através da pele que deve estar íntegra, para que as substâncias aquosas, hidrossolúveis possam ser conduzidas pela corrente galvânica. A corrente produz um efeito térmico local que ocorre em função do aumento da temperatura local de 2º C a 3º C, produzindo aumento do fluxo sangüíneo, melhorando o metabolismo, o trofismo e aliviando as sensações dolorosas. Nada que seja de teor oleoso, pomada, emulsão é ionizável.
Eletroliporedução
Ajuda a romper a fibrose que envolve as células de gordura. Rompida essa membrana, a gordura tende a ser reabsorvida pelo organismo, metabolizado e eliminado pela diurese.
Termoliporedução
Termolipólise é um sistema de termoterapia baseado na transformação em energia da célula gordurosa mediante calor infiltrado. Durante anos, se acreditou que os obesos tinham seu metabolismo basal diminuído, porque se conhecia só dois componentes de gastos energéticos.
•metabolismo basal;
•exercícios físicos.
Com a invenção de aparelhos capazes de medir o metabolismo basal, se descobriu que somente uma porcentagem muito baixa de obesos (ao redor de 5%), apresentam um metabolismo basal abaixo dos parâmetros considerando normais. Voltando, então, a estudar porque indivíduos que ingerem o mesmo teor calórico têm diferentes reações, alguns engordando e outros permanecem com o mesmo peso, médicos cientistas partiram para um terceiro componente de gasto energético. A "termogênese reguladora".
Simplesmente, o indivíduo que tem a termogênese diminuída tende a ser obeso. Para se produzir a termogênese reguladora, nosso organismo precisa manter uma temperatura estável, e o responsável pela manutenção desta temperatura é o hipotálamo, também conhecido como termostato. Com os aparelhos termoliporedutores, consegue-se fazer isso, posto que ao fazer o calor infiltrar-se a nível interno, a temperatura do corpo aumenta e a sudorese acaba não sendo suficiente para resfriá-lo, então toda a temperatura interna do corpo sobe a fim de manter o equilíbrio térmico. Esse aquecimento, quase que obrigatório, é que transforma as gorduras de reservas em energia, produzindo a lipólise. Através dessa técnica aciona-se a termogênese onde transformamos gordura em energia.
Endermologia
A eficácia desta forma de tratamento se deve a capacidade de incentivar o sistema circulatório realizando uma micromassagem na epiderme atuando de forma reflexa nas estruturas abaixo da derme, tais como: sistema linfático profundo, fáscias, nervos, músculos, tendões e líquidos tissulares em um processo de sucção contínua, pulsada ou moderada. A endermologia libera as toxinas, que são lançadas na corrente sangüínea, desobstruindo a região por onde passa.
A partir daí, os tecidos entram em um processo de equilíbrio homeostático integral por drenagem hemolinfática realizando uma revitalização tecidual por liberação de toxinas, aumentando a produção de colágeno, fibroblastos, diminuição de líquidos de edemas seja patológico ou apenas por retenção hídrica. Sua eficácia é plena quando o tratamento da celulite, redução de gorduras localizadas, culote, cirurgias plásticas (pré e pós-operatório), cicatrizes profundas, aderências e por ação sobre o sistema neurovegetativo pode induzir a um estado de relaxamento corporal.
Ultrassom - 3 MHz e 5 MHz
A aplicação de ultrassom promove hiperemia graças ao aumento da circulação sangüínea na zona tratada. Este processo deve-se ao efeito térmico e a ação das substâncias vasodilatadoras que ativam o metabolismo local. Paralelamente, ocorre um aumento de permeabilidade das membranas, favorecendo, além do efeito estimulador da circulação os intercâmbios celulares, reabsorção de edemas. O Ultrassom tem ainda efeito analgésico e de relaxamento muscular pela ação térmica que age diretamente nas fibras contráteis e nervosas. Desta forma, o ultrassom torna-se um poderoso aliado do trabalho do profissional no combate a celulite localizada.
Efeitos Básicos produzidos pelo Ultrassom
• Efeito Mecânico: A sonorização produz sobre o organismo uma série de pressões e descompressões que conferem um movimento oscilatório das partículas intra e extras celulares. Desta forma se vêem submetidas a uma aceleração violenta, com paradas bruscas, originando variações de pressão consideráveis. Esses conjuntos de efeitos formam a micromassagem a nível celular que:
• Produz um aumento da permeabilidade da membrana celular, acelerando o intercâmbio de fluidos, favorecendo o processo de difusão e melhorando o metabolismo celular;
• Pode produzir desagregações de complexos celulares e macromoléculas;
• Favorece a liberação de aderências, provavelmente pela separação das fibras colágenas.
• Efeito Térmico: a energia mecânica absorvida pelos tecidos pode transformar-se em energia térmica, já que o organismo não é completamente elástico opondo uma resistência ao movimento mecânico, tendo um resultado final à produção de calor. Esta produção de calor contribui para a estimulação do metabolismo celular e da circulação sangüínea, favorecendo a instalação de uma hiperemia na região. Independente dos efeitos benéficos da produção de calor temos que manter o cabeçote do ultra-som sempre em movimento contínuo para evitarmos uma produção exagerada de calor em um só local.
• Efeito Químico: como conseqüência dos fatores mecânicos e térmicos, aparecem umas séries de reações químicas como:
• Liberação de substâncias vasodilatadoras;
• Desagregação de moléculas complexas;
• Ação coloidiquímica.
Eletroestimulação
Objetivo: Provocar o trabalho muscular através de estimulação elétrica para se conseguir aumento de tônus (combate à flacidez) ou diminuição da gordura localizada. O processo de estimulação muscular é obtido pela utilização de uma corrente pulsante intervalada, cuja forma do pulso tenha bem caracterizado a existência de dois intervalos de tempo:
TRABALHO e REPOUSO.
Efeitos Fisiológicos:
• O principal efeito fisiológico da eletroestimulação e a estimulação dos nervos motores, coma a conseqüente produção do trabalho muscular;
• O estímulo elétrico aplicado sobre o músculo determina sua contração, chegando até os músculos adjacentes. Ele é conduzido pelos nervos motores até os músculos provocando movimentos e contrações;
• As mudanças produzidas pela estimulação são semelhantes às produzidas pelas contrações voluntárias, há aumento do metabolismo muscular, uma maior oxigenação. Liberação de metabólitos, dilatação de arteríolas e um conseqüente aumento da irrigação sangüínea no músculo.
Efeitos da Eletroestimulação em estética:
• Hipertrofia e ganho de potência de um músculo;
• Aumento da irrigação sangüínea;
• Aumento do retorno venoso linfático;
• Aumento de fibroblastos e elastina;
• Diminuição de tecidos gorduroso substituindo-os por tecido muscular.
Pressoterapia
• Favorece a reabsorção dos líquidos intersticiais e das toxinas retidas;
• Ativa a drenagem venosa e linfática, normalizando a circulação de retorno;
• Aumenta a elasticidade e a resistência dos tecidos;
• Promove um efeito relaxante. A pressoterapia possibilita a entrada do líquido intersticial nos vasos sangüíneos e conseqüentemente o aumento do volume de líquido circulante que aumentará a pressão arterial e que conseqüentemente com a aplicação da pressoterapia aumentará sobre os vasos e facilitará a drenagem linfática.
Criotermólise ou Criotermolipólise
Esta técnica provoca uma variação automática de temperatura, alternando frio/calor em intervalos de tempo programados (1 a 5 min), possibilitando que o profissional defina os valores máximo e mínimo da temperatura entre -1º C e 40º C de acordo com a sensibilidade do cliente/paciente. A Criotermólise é altamente eficaz nos tratamentos de gordura localizada por acionar a termogênese local da forma mais potencializada possível. Recursos excelentes para adiposidades localizadas:
• Microcorrentes
• Eletroporação
A Importância dos Cosméticos
Como já vimos anteriormente, não existe tratamento milagroso e sim associação de recursos, técnica e produtos que juntos vão compor um programa de tratamento para ser aplicado com resultados satisfatórios. Logo, a estética é formada por um triângulo composto de:
•um bom profissional (técnico/a)
•bons equipamentos (recursos)
•bons produtos (cosméticos / cosmecêuticos)
É a união desses 3 que geram resultados excelentes.Os cosméticos são imprescindíveis, pois são eles que quando introduzidos melhoram a qualidade do tecido e quando usados topicamente hidratam esse tecido. Montagem de ProtocolosGeralmente oferecemos de 2 a 4 séries de tratamento. Cada série é composta de um “Programa de Tratamento Específico”. Cada programa é composto de 12 a 15 sessões.
É impossível melhorarmos o quadro de uma cliente de 55 anos que apresenta uma celulite edematosa com adiposidade túrgida num único programa de tratamento de 15 sessões. No mínimo ela vai precisar de 3 a 4 séries, isto é, 60 a 80 sessões. Não podemos prometer melhora em 1 mês de tratamento num problema da cliente, gerado ao longo de 30/40 anos.
Podemos utilizar de 1 a 3 procedimentos (recursos) numa mesma sessão, tudo vai depender do programa de tratamento montado e da disponibilidade de tempo da cliente. Normalmente utilizamos dois procedimentos por sessão.Como cada recurso (aparelho) é utilizado em média por 30 minutos, cada sessão dura aproximadamente 1 (uma) hora.
Profª Estela Cardoso Diretora da Advice Master Esteticista, Cosmetóloga e Terapeuta Holística. Diretora Técnica do Centro de Aperfeiçoamento Profissional da Empresa Advice Master.

Nenhum comentário: